Lendo “A TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA E SUA IMPLEMENTAÇÃO EM SALA DE AULA. de MOREIRA, M. A. Brasília: UNB, 2006.
Ao estudar Moreira1 verificamos os aspectos que efetivamente influenciam na questão da aprendizagem significatva. O interessante é que o foco da questão não tem nada a ver com o que o estado coloca como solução da educação pública na educação básica, principalmente, quando coloca premiações para as escolas e para os profissionais da educação como se a culpa estivesse nesses profissionais ou na escola.
Moreira nos reporta das necessidades para se atingir uma aprendizagem significativa afirmando:
Continua esclarecendo Moreira1 ainda na p. 20:
Deste modo, percebe-se que os projetos educacionais dos governos, socializados pela mídia, não passam de manchetes do faz de conta que não tocam na essência dos problemas. Se o aluno está preocupado com o resultado imediato que é a nota da prova para não ser reprovado, para não ficar de recuperação, pensando em ser aprovado no vestibular, etc (se é que possuem esta preocupação) de pronto será esquecido logo após vencida a etapa em questão, ou seja, não acontece uma aprendizagem significativa, substantiva e não arbitrária.
Segundo Moreira1 na p. 21 numa análise que faz de Ausubel2 em que relata uma exemplo dado pelo próprio Ausubel2 (1978, p. 41)
Desta forma, fica bastante claro que a baixa desenvoltura nos índices de avaliação da aprendizagem da escola pública (ou de alguma privada, “filantrópica”, etc) não se deve especificamente ao professor ou especificamente desta ou daquela escola e sim a toda uma política pública excludente que trata o aluno como manada, que manipula a educação pública como empresa fabril onde a matéria prima tem uma única origem (qualidade única) a exemplo do governo de São Paulo que, conforme divulgado na Folha de S. Paulo3 de 21/10/2009, foi aprovado um reajuse de 25% aos professores mais bem avaliados num processo como quem avalia vendedores de loja ou guardas de transito (não se trata aqui de desqualificar estas profissões tomadas como exemplo e sim pela política de reajuste que pela especificidade de cada profição deve ter políticas de reajustes, plano de carreiras com o respeito que cada uma merecena sua essência) sem se preocupar com os verdeiros motivos do baixo resultado na aprendizagem. Tem-se aqui um modelo de reajuste que tem um efeito forte na hora de falar no palanque mas que não surte o correspondente efeito no processo ensino-aprendizagem por não tratar o professor como um parceiro, agente direto, que deve ter sua auto-estima alavancada por melhorar sua qualidade de vida, suas condições de trabalho, etc.
Pontos importantíssimos que devem ser considerados é que o professor não tem condições de trabalhar com mais de 25 alunos com o perfil do aluno de escola pública como também é impraticável um bom desempenho profissional quando o professor tem menos de 40% de sua carga horária total destinado às atividades didáticos-pedagógicos extra-classe uma vez que o professor tem que perceber a individualidade dos alunos assim como as especificidades de cada turma;elementos que devem ser levados em conta desde o momento de planejamento das aulas até as análises das avaliações para apresentar um relato final do desempenho do aluno.
Para Moreira1(2006, p. 19), na leitura que faz de Ausubel2 (1978, p. 41), “... uma das condições para ocorrência de aprendizagem significaiva é que o material a ser aprendido seja relacionável (ou incorporável) à estrutura cogntiva do aprendiz, de maneira não arbitrária e não literal.” Um material que se apresenta desta forma é qualificado como potencialmente significativo. Moreira1(2006, p. 19), nos descreveu como se dá a aprendizagem significativa numa conclusão que fez da afirmação de (1978, p. 41):
Nesta linha de raciocínio é importante se ter a percepção de que neste padrão de aprendizagem significativa no que se refere a natureza da estrutura cognitiva do aprendiz deve ser levado em conta os significados lógicos e psicológicos. Sobre estes significados encontramos em Moreira1(2006, p. 20), a explicação de que “o significado lógico refere-se ao significado inerente a certos tipos de materiais simbólicos, em virtude da própria natureza desses materiais” porém Moreira1(2006, p. 20) destaca que “o significado psicológico, por sua vez, é uma experiência inteiramente idiossincrática.” e continua esclarecendo que o significado psicológico “refere-se ao relacionamento substantivo e não arbitrário, de material logicamente significativo, à estrutura cognitiva do aprendiz individualmente.” e complementa Moreira1(2006, p. 20) afirmando que “embora o significado psicológico seja sempre idiossincrática, isto não exclui a existência de significados sociais ou significados denotativos os quais são compartilhados por diferentes indivíduos.”
Diante do contexto complexo que envolve o processo educacional como é possível se querer melhorar seus resultados apenas premiando os melhores resultados de professores ou das escolas?
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1.MOREIRA, M. A. - “A TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA E SUA IMPLEMENTAÇÃO EM SALA DE AULA. Brasília: UNB, 2006.
2.AUSUBEL, D. P.; NOVAK, J. D.; HANESIAN, H. Educational psychology: a cognitive view. 2nd ed. Nova York, Holt Rinehart and Winston, 1978.
3.TAKAHASHI, FÁBIO; BEDINELLI, TALITA. Folha de S.Paulo, 21/10/2009,
“Aprovado em SP projeto de reajuste de 25% aos professores mais bem avaliados” disponiblizado na internet na URL: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u640943.shtml
Ao estudar Moreira1 verificamos os aspectos que efetivamente influenciam na questão da aprendizagem significatva. O interessante é que o foco da questão não tem nada a ver com o que o estado coloca como solução da educação pública na educação básica, principalmente, quando coloca premiações para as escolas e para os profissionais da educação como se a culpa estivesse nesses profissionais ou na escola.
Moreira nos reporta das necessidades para se atingir uma aprendizagem significativa afirmando:
“Voltando às condições da aprendizagem significativa, uma delas é que o material (objeto de estudo ou do processo ensino-prenizagem, ressalva minha) seja potencialmente significativo. A outra é que o aprendiz manifeste uma disposição para relacionar, de maneira substantiva e não arbitrária, o novo mateial, potencialmente significativo, à sua estrutura cognitiva.”(Moreira1 2006, p. 20)
Continua esclarecendo Moreira1 ainda na p. 20:
... Essa condição implica que, independente de quão potencialmente significativo possa ser o material a ser aprendido, se a intenção do aprendiz for, simplesmente, a de memorizá-lo arbitrária e literalmente, tanto o processo de aprendizagem como seu produto serão mecânicos (ou automáticos). E, de modo recíproco, independentemente de quão disposto estiver o indivíduo, nem o processo nem o produto da aprendizagem serão significativos, se o material não for potencialmente significativo – se não for relacionável à estrutura cogntiva, de maneira não literal e não arbitrária.(Moreira1 2006, p. 20)
Deste modo, percebe-se que os projetos educacionais dos governos, socializados pela mídia, não passam de manchetes do faz de conta que não tocam na essência dos problemas. Se o aluno está preocupado com o resultado imediato que é a nota da prova para não ser reprovado, para não ficar de recuperação, pensando em ser aprovado no vestibular, etc (se é que possuem esta preocupação) de pronto será esquecido logo após vencida a etapa em questão, ou seja, não acontece uma aprendizagem significativa, substantiva e não arbitrária.
Segundo Moreira1 na p. 21 numa análise que faz de Ausubel2 em que relata uma exemplo dado pelo próprio Ausubel2 (1978, p. 41)
Um estudante pode aprender a lei de Ohm, a qual indica que, num circuito, a corrente é diretamente proporcional à voltagem. Entretanto, essa proposição não será aprendida de maneira significativa a menos que o estudante já tenha adquirido, previamente, os significados dos conceitos de corrente, voltagem, resistência, proporcionalidade direta e inversa (satisfeitas estas condições, a proposição é potencialmente significativa, pois seu significado lógico é evidente), e a menos que tente relacionar estes significados como estão indicados na lei de Ohm.
Desta forma, fica bastante claro que a baixa desenvoltura nos índices de avaliação da aprendizagem da escola pública (ou de alguma privada, “filantrópica”, etc) não se deve especificamente ao professor ou especificamente desta ou daquela escola e sim a toda uma política pública excludente que trata o aluno como manada, que manipula a educação pública como empresa fabril onde a matéria prima tem uma única origem (qualidade única) a exemplo do governo de São Paulo que, conforme divulgado na Folha de S. Paulo3 de 21/10/2009, foi aprovado um reajuse de 25% aos professores mais bem avaliados num processo como quem avalia vendedores de loja ou guardas de transito (não se trata aqui de desqualificar estas profissões tomadas como exemplo e sim pela política de reajuste que pela especificidade de cada profição deve ter políticas de reajustes, plano de carreiras com o respeito que cada uma merecena sua essência) sem se preocupar com os verdeiros motivos do baixo resultado na aprendizagem. Tem-se aqui um modelo de reajuste que tem um efeito forte na hora de falar no palanque mas que não surte o correspondente efeito no processo ensino-aprendizagem por não tratar o professor como um parceiro, agente direto, que deve ter sua auto-estima alavancada por melhorar sua qualidade de vida, suas condições de trabalho, etc.
Pontos importantíssimos que devem ser considerados é que o professor não tem condições de trabalhar com mais de 25 alunos com o perfil do aluno de escola pública como também é impraticável um bom desempenho profissional quando o professor tem menos de 40% de sua carga horária total destinado às atividades didáticos-pedagógicos extra-classe uma vez que o professor tem que perceber a individualidade dos alunos assim como as especificidades de cada turma;elementos que devem ser levados em conta desde o momento de planejamento das aulas até as análises das avaliações para apresentar um relato final do desempenho do aluno.
Para Moreira1(2006, p. 19), na leitura que faz de Ausubel2 (1978, p. 41), “... uma das condições para ocorrência de aprendizagem significaiva é que o material a ser aprendido seja relacionável (ou incorporável) à estrutura cogntiva do aprendiz, de maneira não arbitrária e não literal.” Um material que se apresenta desta forma é qualificado como potencialmente significativo. Moreira1(2006, p. 19), nos descreveu como se dá a aprendizagem significativa numa conclusão que fez da afirmação de (1978, p. 41):
A essência do processo de aprendizagem significativa é que idéias simbolicamente expressas sejam relacionadas, de maneira substantiva (não literal) e não arbitrária, ao que o aprendiz já sabe, ou seja, a algum aspecto de sua estrutura cognitiva especificamente relevante (isto é, um subsunçor) que pode ser, por exemplo, uma imagem, um símbolo, um conceito ou uma proposição já significativos.
Nesta linha de raciocínio é importante se ter a percepção de que neste padrão de aprendizagem significativa no que se refere a natureza da estrutura cognitiva do aprendiz deve ser levado em conta os significados lógicos e psicológicos. Sobre estes significados encontramos em Moreira1(2006, p. 20), a explicação de que “o significado lógico refere-se ao significado inerente a certos tipos de materiais simbólicos, em virtude da própria natureza desses materiais” porém Moreira1(2006, p. 20) destaca que “o significado psicológico, por sua vez, é uma experiência inteiramente idiossincrática.” e continua esclarecendo que o significado psicológico “refere-se ao relacionamento substantivo e não arbitrário, de material logicamente significativo, à estrutura cognitiva do aprendiz individualmente.” e complementa Moreira1(2006, p. 20) afirmando que “embora o significado psicológico seja sempre idiossincrática, isto não exclui a existência de significados sociais ou significados denotativos os quais são compartilhados por diferentes indivíduos.”
Diante do contexto complexo que envolve o processo educacional como é possível se querer melhorar seus resultados apenas premiando os melhores resultados de professores ou das escolas?
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1.MOREIRA, M. A. - “A TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA E SUA IMPLEMENTAÇÃO EM SALA DE AULA. Brasília: UNB, 2006.
2.AUSUBEL, D. P.; NOVAK, J. D.; HANESIAN, H. Educational psychology: a cognitive view. 2nd ed. Nova York, Holt Rinehart and Winston, 1978.
3.TAKAHASHI, FÁBIO; BEDINELLI, TALITA. Folha de S.Paulo, 21/10/2009,
“Aprovado em SP projeto de reajuste de 25% aos professores mais bem avaliados” disponiblizado na internet na URL: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u640943.shtml
Nenhum comentário:
Postar um comentário