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Olhando ainda a lei aprovada na quinta-feira, 29/09/2011, em regime de urgência, à revelia da categoria, determina um piso salarial de R$ 1.187,00 para professor de nível médio com vínculo de 200 horas/aulas.
Nessa aprovação exclusivamente para nível médio, deixa a hora aula da categoria regulamentada em R$ 5,94. Este é o tanto de aula que o governo quer para os alunos da rede pública.
Pela lógica do Governo do Estado do Ceará, Poder Judiciário e Poder Legislativo a Educação é uma mercadoria como outra qualquer.
No caso, como o Governo está dispoto a pagar apenas R$ 5,94 por cada aula é muito lógico que os alunos da rede pública do Estado do Ceará recebam R$ 5,94 de aula. Mercadoria melhor tem preço melhor.
Quando o Estado do Ceará, aqui inclui-se os três poderes, entender que seus alunos devem receber aula de melhor qualidade é só pagar melhor e receberão como contra-partida uma mercadoria de melhor qualidade. Quem paga um “piso pirata” deve receber uma percadoria também uma “mercadoria pirata”.
Na “lógica de mercado” não tem como dispondo apenas de R$ 5,94 querer receber mercadoria ou serviço que tem um valor maior.
Em sendo assim, do mesmo modo que os alunos recebem a merenda escolar na qualidade que o estado paga, os professores devem fazer um esforço sobrenatural de ministrar apenas R$ 5,94 de aula por ocasião de seu retorno, pois este é o valor que o Estado paga.
Se algum professor recebe mais do que isto por aula deve fornecer uma aula de qualidade correspondente. Cabe a cada professor perceber quanto deveria ser sua aula pelo PCC que não foi substituído e aplicar a proporcionalidade na qualidade da aula.
Assim o estado terá o que é justo, a mercadoria que paga e, portanto a que merece.
Se a educação é uma mercadoria, os serviços prestados devem está na lógica de mercado.