Recebi por e-mail e certamente estou socializando...Lembra da música do Vinícius de Moraes? então leia abaixo, entenda e veja que interessante! Isto é cultura !!!!!!
A "Tonga da Mironga do Cabuletê "...
Ano de 1970.
Vinícius e Toquinho voltam da Itália onde haviam acabado de inaugurar a parceria com o disco "A Arca de Noé", fruto de um velho livro que o poetinha fizera para seu filho Pedro, quando este ainda era menino.
Encontram o Brasil em pleno "MILAGRE ECONÔMICO", que milagre... a censura estava em alta, DOPS, AI5, torturas... a Bossa Nova em baixa.Opositores ao REGIME pagando com a liberdade e com a vida o preço de seus ideais.
O poeta Vinícius é visto como comunista pela cegueira militar e ultrapassado pela intelectualidade militante, que pejorativa e injustamente classifica sua música de easy music.
No teatro Castro Alves, em Salvador, é apresentada ao Brasil a nova parceria.
Vinícius está casado com a atriz baiana Gesse Gessy, uma das maiores paixões de sua vida, que o aproximaria do candomblé, apresentando-o à Mãe Menininha do Gantois.
Sentindo a angústia do companheiro, Gesse o diverte, ensinando-lhe xingamentos em Nagô, entre eles "TONGA DA MIRONGA DO CABULETÊ", QUE SIGNIFICA "O PÊLO DO CU DA MÃE".
O mote anal e seu sentimento em relação aos homens de verde oliva inspiram o poeta.
Com Toquinho, Vinícius compõe a canção para apresentá-la no Teatro Castro Alves.
Era a oportunidade de xingar os militares sem que eles compreendessem a ofensa.
E o poeta ainda se divertia com tudo isso:
"Te garanto que na Escola Superior de Guerra não tem um milico que saiba falar nagô".
Fonte: Vinicius de Moraes: o Poeta da Paixão; uma Biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
Tonga da Mironga do Cabuletê
Toquinho e Vinicius de Moraes
Eu caio de bossa eu sou quem eu sou Eu saio da fossa xingando em nagôVocê que ouve e não falaVocê que olha e não vêEu vou lhe dar uma palaVocê vai ter que aprenderA tonga da mironga do cabuletêA tonga da mironga do cabuletêA tonga da mironga do cabuletêVocê que lê e não sabeVocê que reza e não crêVocê que entra e não cabeVocê vai ter que viverNa tonga da mironga do cabuletêNa tonga da mironga do cabuletêNa tonga da mironga do cabuletêVocê que fuma e não tragaE que não paga pra verVou lhe rogar uma pragaEu vou é mandar vocêPra tonga da mironga do cabuletêPra tonga da mironga do cabuletêPra tonga da mironga do cabuletê
Nenhum comentário:
Postar um comentário